domingo, 9 de fevereiro de 2014


" Era já de madrugada. O seu quarto estava escuro, sozinho. A chuva batia enraivecida na sua janela enquanto o vento feroz lhe arrancava um suspiro de medo, um aperto no coração. Pelo seu rosto deslizou uma lágrima: como sente a falta dele. Tudo ficava melhor e menos assustador quando lhe conseguia tocar durante a noite, quando o sabia a seu lado, com o coração quente a bater contra o seu corpo em “conchinha”. Odiou-o por não estar com ela. Odiou-o por o amar tanto e por não conseguir dormir sem ele. “Arrrrrrgh …” Agarrou a almofada e desejou que o dia amanhecesse rápido, que a chuva atormentada parasse de cair de uma vez por todas e que o vento ensurdecedor findasse. Mas acima de tudo, desejou que ele voltasse rápido para o seu lado. Que voltassem a adormecer juntos, com as mãos entrelaçadas e ele a beijasse de boa noite, prometendo a eternidade um ao outro, escondida no suspiro de um “amo-te”. Naquela noite não dormiu. Mas sonhou. Ó, se sonhou! " 

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